PEDRO DE ALBUQUERQUE
MELO, GOVERNOU O RIO GRANDE DO NORTE NO PERÍODO DE 30 DE MAIO DE 1751 A 04 SE DEZEMBRO DE 1757
Nasceu em Beberibe-PE, freguesia da Sé de Olinda, filho do
Capitão João Gomes de Melo e d. Felipa Nunes de Freitas. Serviu à Corte
Portuguesa na Capitania de Pernambuco, inicialmente como praça de soldado,
lotado em uma das Companhias do Terço de Olinda de setembro de 1697 a março de
1703. Posteriormente, após ocupar o comando de uma Companhia do Terço Volante
dos Moços Solteiros (sic), seguiram-se os cargos de Sargento-mor do Regimento
de Infantaria das Ordenanças da Vila de Goiana, Comissário Geral da Cavalaria
de Itamaracá e Tenente-Coronel deste mesmo corpo de tropa, todos eles auferidos
através de concessões dos governadores de referida Capitania. Por último, foi
promovido a Coronel daquela unidade de cavalaria por patente do Capitão-General
de Pernambuco, desta feita referendado pela Resolução Real de 3.01.1727. Afora
as extremas exigências de tais atribuições, das quais se desincumbiu com
disciplina e diligência, em conformidade com o que registra Dom José I no corpo
da respectiva Carta Patente, citada por VICENTE DE LEMOS e MEDEIROS (1980, p.
137), ... procedendo sempre nos referidos postos com muita satisfação,
obediência e zelo do meu serviço em tudo do que foi encarregado, informa CÂMARA
CASCUDO que, inclusive, ... foi senhor do Engenho Bujari, Vereador e, por duas
vezes eleito, Procurador da Câmara na mesma Vila (Goiana) (1989, p. 182). Por
tais méritos, foi nomeado Capitão-mor do Rio Grande em 14 de novembro de 1750,
após consulta ao Conselho Ultramarino a 29 do mês anterior e Resolução de 10 de
novembro do mesmo ano (Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa, Chancelaria
de Dom José I, L. 82, fls. 159). A 5 de maio do ano subseqüente prestou
juramento no Palácio das Torres, na Vila de Santo Antônio do Recife, em presença
do Capitão-General e Governador de Pernambuco, Luiz José Correia de Sá, e a 30
do mesmo mês chegou a Natal e assumiu o cargo ante o Senado da Câmara, em
reunião especial no âmbito da Igreja Matriz. Segundo a crônica da época,
durante sua administração, embora alongada (fora designado para uma gestão de 3
anos, de acordo com a norma então vigente e, reconduzido por igual período,
nela permaneceu por mais 6 meses), não houve ocorrências de vulto, de
importância significativa; não obstante, procedeu a diversos provimentos de
oficiais para os três regimentos de milícias acantonados no interior da
Capitania, quais sejam: o da ribeira do Açu, comandado por David Dantas de
Faria, o da ribeira do Apodi, para o qual nomeou comandante Manuel Duarte
Teixeira, e o da Ribeira do Seridó, liderada pelo Coronel Cypriano Lopes
Galvão. Demais, limitou-se a despachos de rotina, salvo algum incidente
disperso, sem repercussão do ponto de vista histórico. Transferiu o cargo a
João Coutinho de Bragança em 4 de dezembro de 1757
FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO
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